Os Ícones do Design Contemporâneo da Prata: Marianne Brandt (1893-1983)

Marianne Brandt, nascida na Alemanha em 1893, iniciou a sua educação artística em 1911, numa escola privada de Weimar. Logo depois, foi aceite na “Hochschule für Bildende Kunst Weimar” (Faculdade de Belas Artes de Weimar), tendo iniciado a sua formação em pintura, tendo como mestres os já estabelecidos Fritz Mackensen e Robert Weise, antes de estudar escultura com Richard Engelmann.

Para expandir a sua formação e conhecimento prático, no início da década de 1920 faz uma viagem de um ano pela europa, tendo-se focado no sul de França e, como não poderia deixar de ser, Paris. Regressará às Staatliches Bauhaus em 1923, tendo sido aqui ensinada por Josef Albers e László Moholy-Nagy, tal como pelos não menos conhecidos Paul Klee e Wassily Kandinsky. Será nesta instituição que iniciará o seu contacto com a Oficina de Metal da Bauhaus.

Marianne Brandt, Sem Título (Autorretrato em Dupla Exposição), c. 1930-31

Em grande cooperação com László Moholy-Nagy, Brandt mergulhará nesta área com particular mestria, tendo já em 1926 desenhado todas as estruturas luminosas para o Edifício Bauhaus, em Dessau. Será a partir do segundo semestre de 1927 que ficará encarregada de investigar sobre a área da iluminação devido à sua parceria com a Oficial de Metais da Bauhaus, tendo-se tornado nos dois anos seguintes a Diretora desta Oficina, tendo-se graduado na área dos Metais justamente no fim do seu mandato.

 

Será a partir do final desta década que Brandt iniciará a sua produção mais intensiva, tendo-lhe sido encomendados projetos pelas empresas de Leipzig e Berlim Körting & Mathiesen AG (Kandem) e Schwintzer & Gräff, respetivamente.

Marianne Brandt, Tempo-Tempo, Progress, Culture
[Tempo-Tempo, Fortschritt, Kultur], 1927

 

Entre Julho e Dezembro de 1929, Brandt colaborará com Walter Gropius, no atelier de arquitetura do próprio, tendo-se tornado, já devido à ascensão do Nazismo na década de 1930, membro da Câmara da Cultura do Reich, embora nunca se tenha afiliado ao partido nazi.

 

Brandt nunca abandonará a Alemanha, tendo-se solidificado ao longo das décadas seguintes como uma das mais reputáveis designers da Geração Bauhaus.

 

A Leiloeira Santo Eloy traz o nome de Marianne Brandt, e consequentemente a sua obra, para exemplificar o elevado interesse da nossa instituição por peças de grande valor artístico como as desta designer, nos casos particulares das suas peças de prata, como os serviços de chá de 1924.

Marianne Brandt, Serviço de Chá e Café (prata e ébano), 1924

Convidamos todos os interessados a submeter para avaliação as suas peças de prata modernista, Art Deco ou de estilos anteriores. Temos todo o interesse em conhecer, consigo, o valor e a história dos seus bens, praticando sempre a nossa máxima de “Dar Valor ao Que Tem Valor”.

PARTILHE COM AMIGOS